segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Costa reconhece a penúria mas insiste no "arrocho"

(Manchete da TRIBUNA DA IMPRENSA de 29 de outubro de 1967)

O presidente Costa e Silva encerrou sua permanência em Minas com um pronunciamento em que reconheceu a penúria do trabalhador e do servidor público, mas confirmou a manutenção da política de arrocho salarial. Reafirmou que aumento para o funcionalismo federal só no próximo ano.

Pronunciou-se também em favor da exploração das reservas atômicas nacionais exclusivamente pelo Brasil e disse que seu sucessor sairá necessariamente dos quadros da Revolução. No Rio, a Confederação de Servidores conseguiu entregar memorial ao chefe da Casa Civil da Presidência e, em Brasília, bancários de São Paulo e Mato Grosso deram entrada a recurso no TST em defesa do aumento de 30 por cento que o TRT havia assegurado à classe.

Plenário discute aumento de impostos

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Amaral Peixoto, decidiu ontem adiar para segunda-feira o início da discussão em plenário, da mensagem do Poder Executivo criando a taxa rodoviária e aumentando os impostos de água e esgoto, depois do apelo que lhe foi feito nesse sentido pelo deputado Roberto Gonçalves Lima, presidente da Comissão de Finanças e Orçamento.

O sr. Roberto Gonçalves Lima fez ver ao presidente do Legislativo que a Comissão que preside, por dificuldades de ordem técnica, ainda não havia relatado totalmente a mensagem governamental, o que fará na manhã de segunda-feira em reunião extraordinária, já convocada.

Jayme: Revolução já fez muita indignidade

Em carta à TRIBUNA, o ministro Jaime Azevedo Rodrigues agradece as referências à sua pessoa, feitas na coluna "Em Primeira Mão", de 23 de outubro de 1967 afirmando que "a chamada revolução de abril de 64 cometeu um número suficiente de indignidades, o que nos dispensa de querer responsabilizá-la por acontecimentos corriqueiros e normais, tais como a comentada reprovação de sua filha Maria Celina de Azevedo Rodrigues, candidata ao curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco.

Mancini depõe cansado no MIS

Enquanto Henry Mancini depunha, ontem, no Museu da Imagem e do Som, demonstrando cansaço, ressaca e má-vontade em cumprir o programa, tendo inclusive se irritado, quando lhe perguntaram o que achava da música brasileira, dizendo que estava saturado de tanto responder a pergunta, o cantor Andy Williams, a um lado, dormia a sono solto.

O compositor de Pantera Cor-de-Rosa mostrava-se visivelmente contrariado, em ter comparecido ao museu, pois dirigia constantemente à recepcionista, dizendo que estava demorando muito.

Fonte; Tribuna da Imprensa Online

http://www.tribuna.inf.br/40anos.asp

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