sábado, 11 de dezembro de 2010

Ex-governador de MT e MS recebe título de doutor honoris causa pela criação da UFMT


Éser Cáceres



O ex-governador de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul Pedro Pedrossian foi homenageado nesta sexta-feira (10) com o título de doutor honoris causa pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). A outorga foi parte das comemorações pelos 40 anos de fundação da Universidade e aconteceu no Teatro Universitário, em Cuiabá.
De cadeira de rodas, por ter passado por uma operação realizada em março, o ex-governador foi recebido pela reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli, e por políticos como o senador Jaime Campos (DEM) e seu irmão, deputado federal eleito Júlio Campos (DEM).
Pedro Pedrossian não escondeu a emoção de voltar a Cuiabá para receber o título de doutor. O ex-governador afirmou, que contou o tempo aguardando um prêmio. "Contei os anos, os meses, as semanas e os minutos. Porque o prêmio é a forma de encerrar uma vida para o qual eu não fui preparado, mas, por uma destinação divina, me colocou um papel longo, muito longo a cumprir. Fui tanta coisa para a qual eu não estava preparado. Então, isso é demais para mim", disse.
O Diretor da Faculdade de Economia, professor Fernando Tadeu de Miranda Borges, falou sobre a trajetória política de Pedrossian, que se orgulha por ser "um homem que criou três universidades federais", segundo ele próprio relata.
Governador de Mato Grosso entre 1965 e 1971, participou da criação e implantação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Em seguida, criou a Universidade Estadual de Mato Grosso, que se tornou a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) com a criação do novo estado. Já como governador de Mato Grosso do Sul, criou a Universidade Estadual de Dourados, que atualmente é a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
O ex-governador que comandou dois estados brasileiros em períodos diferentes lembra que a criação e implantação da UFMT foi "fruto da pressão da sociedade cuiabana e de sua mocidade”.
Para o ex-reitor da UFMT, Gabriel Novis Neves, “trazer Pedrossian para a sua casa é identificar o DNA do seu legítimo pai”. Segundo ele, o ex-governador revolucionou o Estado pela educação. “E a UFMT nasceu sob o signo do novo homem”, definiu.
Descendente de armênios, Pedrossian nasceu em Miranda (MS), em 13 de agosto de 1928, e reconhece em seu livro de memórias estar dividido entre quatro amores: “Mato Grosso, Mato Grosso Sul, minha família e meus amigos”.(Com informações do O Documento)


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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Wikileaks e os danos em pílulas

À medida que são divulgadas as informações top secret do site Wikileaks, um novo estrondo diplomático. E são tantos podres, divulgados em pílulas, que vou compilar aqui um pouco do que está sendo dito pelo mundo e os estragos provocados:
Em dois novos telegramas cujo conteúdo veio a público hoje, no início de 2009, a Embaixada dos EUA em Brasília fez duras críticas à Estratégia Nacional de Defesa lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2008. Nos textos assinados pelo então embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, há uma contestação sobre como as Forças Armadas brasileiras serão empregadas no futuro, sobretudo na proteção do mar territorial do país por causa da descoberta da camada do pré-sal. Chama inclusive o submarino nuclear brasileiro, sonho da Marinha, de “elefante branco”…
Em outro trecho, os EUA consideram a defesa da Amazônia como uma “tradicional paranoia brasileira”.
A diplomacia americana também viu com preocupação a relação entre Brasil e França, classificando-a de “festa do amor”. Uma mensagem do embaixador dos Estados Unidos em Paris divulgada pelo WikiLeaks indica que ele acreditava que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, usava o status de celebridade de sua mulher Carla Bruni para impulsionar as relações França-Brasil. Aí entra também a questão da preferência do governo brasileiro pelos caças Rafale franceses em detrimento dos F-16 americanos.
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse em entrevista publicada hoje pela revista Time que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, “deveria renunciar”.
Os vazamentos já causaram pelo menos um efeito prático: a Rússia alertou os EUA a não interferirem em seus assuntos internos. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, criticou os americanos por causa de um dos documentos no qual os EUA dizem que a democracia russa sumiu.
Na manhã de hoje, foi emitida ordem de captura internacional pela Interpol contra o fundador do Wikileaks Julian Assange, acusado na Suécia de estupro. Coincidência ou não, a ordem é expedida em meio a essa série de vazamentos, o que deixa nas entrelinhas uma possível vingança por parte dos EUA e de outros países atingidos pelas informações que vazaram. Inclusive este é o argumento do advogado de Assange, cujo paradeiro é ignorado.