quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Albuquerque: Plano Hudson é um atentado à soberania

Manchete da TRIBUNA DA IMPRENSA de 20 de dezembro de 1967


O ministro Afonso Albuquerque Lima afirmou ontem, ao embarcar para Recife, que se os agentes do Hudson Institute de Nova York insistirem em procurá-lo em seu gabinete, não os receberá advertindo que a posição oficial do Brasil a respeito do projeto do "Grande Lago Amazônico" foi dada pelo ministro Magalhães Pinto, ao afirmar que "o governo desconhecia o plano, e a elaboração do projeto, sem conhecimento oficial, já representava um atentado à nossa soberania".

O ministro do Interior - que manterá em Pernambuco contato com técnicos da Sudene - esclareceu que o assunto já foi tratado com o presidente Costa e Silva, que desaprovou inteiramente qualquer interferência estrangeira na Amazônia. "Qualquer proposta daquele Instituto sobre o Grande Lago Amazônico - advertiu o ministro - não será se quer examinada pelo governo brasileiro".

Promotor não vai à CPI da droga

A recusa do promotor Araújo Jorge, Curador de Menores da Guanabara, em comparecer perante a CPI que apura a venda de entorpecentes e psicotrópicos, entre menores, para depôr sobre as acusações que foram feita a ele e ao juiz de Menores, sr. Cavalcante de Gusmão, pelo ex-comissário Guy Machado, já provocou dois adiamentos, esta semana, da reunião que aquele órgão pretendia fazer.

O deputado Silbert Sobrinho, presidente da CPI, disse ontem que está marcada nova reunião para hoje, às 10 horas, na Assembléia Legislativa, quando espera poder ouvir o promotor Araújo Jorge a quem o ex-comissário de Menores Guy Machado fez severas acusações quanto à proteção e omissão do juizado de Menores no combate ao tráfico de entorpecentes entre menores.

Mário: Governo deve ouvir o que Lacerda diz hoje

O senador Mário Martins afirmou à Tribuna que as classes armadas devem dar crédito às denúncias e às críticas do ex-governador Carlos Lacerda, e que o Brasil fica devendo mais um grande trabalho "ao bravo jornalista". Ressaltou que a maioria dos membros das classes armadas sempre considerou que as suas pregações eram justas e patrióticas, tanto que baseado naquelas denúncias, por várias vezes se manifestaram, terminando por derrubar um governo.

Arena escolha Carvalho Neto por unanimidade

Onze votos contra apenas um reconduziram o sr. Carvalho Neto à liderança da bancada da Arena, na Assembléia Legislativa. O único voto contrário foi do próprio Carvalho Neto, que votou no sr. Gama Lima. A reunião da Arena durou exatamente duas horas e quarenta minutos, durante as quais os 12 deputados presentes sustentaram a adoção do critério da proporcionalidade e rodízio para composição da Mesa Dioretora e Comissões Técnicas.

O sr. Carvalho Neto recebeu credencial para promover todas as gestões necessárias para um entendimento com o MDB para composição da chapa que concorrerá à eleição da Mesa, sendo ressalvado que a composição só será feita com quem se afigurar mais prudente e apresentar maiores vantagens para o partido.

Fonte:tribuna de Imprensa a 40 anos

http://www.tribuna.inf.br/40anos.asp

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