sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pacto de Varsóvia ameaça cerco militar aos alemães - 20 de fevereiro de 1969

O Pacto de Varsóvia vai deslocar destacamentos para as fronteiras de Berlim Ocidental, numa medida destinada a reforçar a decisão da Alemanha Oriental de proibir a reunião da Assembléia Nacional da República Federal Alemã, convocada para o próximo dia 5, com o objetivo de eleger o sucessor de Lubke.

A posição do pacto comunista foi anunciada após a viagem a Berlim do marechal Ivan Yakuboviski, o homem que ocupou Praga, agravando a tensão na Europa, às vésperas da visita do presidente Nixon. Não há indícios de que a Alemanha Ocidental desista da sua reunião na cidade encravada dentro do território comunista. O governo de Pankov também se mostra irredutível em sua posição e já fechou, por algumas horas, terça-feira, as vias de acesso a Berlim Ocidental, numa manobra psicológica de advertência.

Costa e Silva poderá visitar o Japão em 70

O presidente Costa e Silva poderá ir ao Japão, no próximo ano, como convidado do governo japonês, a fim de assistir à inauguração da Exposição Internacional de Osaca. Segundo prevê a organização do certame, que será realizado em nível ministerial, todos os chefes de Estado dos países expositores estarão presentes ou se farão representar no Japão, cujo governo está empenhado em tornar a exposição de 1970 o ponto alto no cenário mundial.

Em carta dirigida ao presidente da República, o primeiro-ministro japonês, sr. Santo, afirmou que "a Exposição Universal de 1970 se realizará pela primeira vez na Ásia, será um acontecimento que marcará uma nova época na história". "Progresso e Harmonia para a Humanidade" foi o tema escohido para a mostra.

PM dissolve bloco proibido

A Polícia Militar voltou ontem às ruas para acabar com o desfile do Chave de Ouro, o bloco proibido, que insiste em sair na quarta-feira de Cinzas. Os moradores do Engenho de Dentro assistiram ao duelo de duas horas entre a PM e os foliões que, ao final de muitas lágrimas e alguns espancamentos, preferiram dar "um recuo tático", desistindo do desfile, embora, simbolicamente, o bloco houvesse marcado sua presença. Outro que também não desfilou foi o bloco "O que é que eu vou dizer em casa", que este ano tinha uns 3 mil integrantes.

Israel estuda represália aos árabes

O governo de Israel reuniu o Parlamento para estudar novas medidas de represália contra os árabes, em face do atentado ao jato da EL AL pela qual a Frente Popular de Libertação da Palestina assumiu a responsabilidade, enquanto Nasser declarava no Cairo que não tinha nada a ver com os atos terroristas do El Fatah.

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