sábado, 21 de fevereiro de 2009

Moscou exige submissão e Romênia promete resistir (21 de fevereiro de 1969)

A União Soviética exigiu que a Romênia se reintegre imediatamente no bloco militar comunista. Um ultimato nesse sentido foi feito oficialmente pelo general Ivan Iakubovski, o homem que ocupou Praga, na visita de 24 horas a Bucareste. Os soviéticos se mostraram reticentes sobre o que farão se não forem atendidos, mas o chefe do Partido Comunista Romeno, Nicolae Ceausescu, mostrava-se ontem, após o diálogo com o general russo, preocupado com a possibilidade de o seu país sofrer uma invasão das tropas do Pacto de Varsóvia.

Bucareste parecia disposta a resistir às pressões do Kremlim, iniciando campanha contra a doutrina da "soberania limitada". Já o jornal do Exército soviético acha que é melhor para a Romênia ficar no Pacto.

Juiz quer tirar Manes do asilo

O juiz criminal da Comarca de Nova Iguaçu, empenhado, assim como outras autoridades brasileiras, em enquadrar o ex-pracinha Roberto Manes que recentemente conseguiu asilo político no Uruguai, nos crimes comuns, para solicitar a sua extradição, pediu ontem a Delegacia Regional daquele Município, que apresse o envio do laudo cadavérico do soldado da Polícia Militar, Guttemberg Dias Palmeiro, morto no último dia 9, em consequência dos ferimentos recebidos no tiroteio travado no dia 8 de janeiro com Manes e sua mulher.

Após examinar os autos, constantes do inquérito feito pelo delegado especial de Belford Roxo, dr. Lisias Pimentel (e vão a mais de 100 laudas), o magistrado decidiu pela culpabilidade de Roberto Manes, como simples criminoso comum, não tendo direito portanto ao asilo político, concebido pelo governo uruguaio. Mesmo depois da concessão da medida, o governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores não desanimou em tentar a extradição de Manes.

PM garante demolição do restaurante do Calabouço

Um choque da polícia Militar garantiu ontem o início da demolição do Restaurante Calabouço, que muita luta se travou ali entre os estudantes, que queriam a sua manutenção e o funcionamento, e a Polícia, que recebendo ordem superiores afugentaram os alunos tornando o local vazio e monótono. A guerra "entre os estudantes e a polícia durou algum tempo, tendo havido de tudo nos "entreveres", inclusive muito sangue, muita briga e até mortes e prisões.

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